Clemar Exportação A CRISE MUNDIAL NO MEIO AMBIENTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A CRISE MUNDIAL NO MEIO AMBIENTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL



A situação crítica na qual o meio ambiente se encontra não é novidade pra ninguém. Há anos temos acompanhado a gradativa evolução dessa crise e seus efeitos nas mais variadas esferas da sociedade humana. No hemisfério norte, temperaturas muito elevadas no verão geraram queimadas em países como Canadá e EUA. Enquanto isso, no hemisfério sul, o inverno rigoroso e sem chuvas vem causando a maior crise hídrica da década no Brasil.

 

Segundo dados do monitoramento feito pela plataforma Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil registrou o maior índice de desmatamento de sua história em abril de 2021. Os dados do sistema apontam que já são 36.226,09 km² em avisos de desmatamento somente na área da Amazônia Legal. Outro grave problema é a crise hídrica que o país enfrenta atualmente, causada pelo desperdício e pela falta de chuvas. Apesar do Brasil apresentar quase um quinto das reservas hídricas do mundo, a falta de água é uma realidade em várias regiões do país. Alguns estudos indicam que os episódios de falta de recursos hídricos devem se repetir nos próximos anos.

 

Neste cenário, é preciso dizer que a economia, depois do próprio meio ambiente, é a primeira a sofrer as consequências. E isso reflete diretamente no comércio nacional. De cara, o primeiro impacto que vemos é no preço final dos produtos. Isso porque a crise no meio ambiente afeta o acesso aos insumos básicos e a produção é encarecida, como consequência. Vemos isso claramente quando precisamos ir ao mercado, por exemplo. No comércio internacional, a situação se repete. Outros países que também estão vivenciando esta crise elevam os seus preços e, por consequência, vemos diversos produtos sofrendo alteração nos valores, como alimentos, produtos eletrônicos e carros.

 

Além do preço final dos produtos, outro reflexo que a crise ambiental gera para o Comércio Exterior é a negociação de acordos de comércio internacional. Cada vez mais, as nações optam por negociar com países que tenham como prioridade os temas relacionados com o meio ambiente. Negligenciar essa pauta implica diretamente na impossibilidade de avançar em novos acordos comerciais e, com isso, processos internacionais são mais dificultados.

 

Medidas estão sendo tomadas para que toda essa situação seja contornada. Com a decisão da Cargo IMO 2020, foi determinado um limite de 0,5% em emissões de enxofre para a frota de navios. Este é um esforço para reduzir as emissões de óxido de enxofre na atmosfera. Além disso, também estamos atentos ao nosso comportamento enquanto escritório. Sabemos que a sustentabilidade começa em um nível micro e, a partir daí, se expande para o macro. Por isso, adotamos algumas práticas internas como a separação do lixo, redução do consumo de plástico e uso consciente de recursos. Também investimos em placas de energia fotovoltaica, uma vez que esta é totalmente limpa e renovável.

 

Na hora de escolher os nossos fornecedores, damos preferência para aqueles que estão alinhados com os nossos propósitos. Assim, temos certeza que os nossos processos caminham em unidade. Acreditamos que conciliar sustentabilidade com o comércio internacional é possível e que isso deve ser uma pauta presente em toda organização.

 

Cuidar do ambiente em que estamos inseridos só depende de nós. Unidos somos mais fortes!

 

 

Referências:

https://www.scielo.br/j/cint/a/cmM74qSvZH8GFKNvvR9dnsf/?lang=pt

https://www.comexdobrasil.com/analistas-enfatizam-importancia-do-meio-ambiente-no-ambito-da-ocde-e-reflexos-para-o-comercio-exterior/

https://mastersul.com.br/blog/confira-como-a-crise-no-meio-ambiente-afeta-o-comercio-internacional/

https://www.todamateria.com.br/crise-hidrica-no-brasil/

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