A balança comercial brasileira registrou nos três primeiros meses do ano a quebra de importantes recordes da série história do comércio exterior brasileiro iniciada em 1989: no mês de março, o superávit comercial somou US$ 10,96 bilhões, o maior de todos os tempos para o mês, e no trimestre a corrente de comércio totalizou a cifra igualmente recorde de US$ 136,8 bilhões.
Com esses números, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC) segue projetando um superávit comercial de US$ 86 bilhões que, se confirmado, também será o maior em 33 anos da série histórica.
Os dados da balança comercial foram divulgados nesta segunda-feira (3) pela Secex, com destaque para o saldo registrado no mês de março, que superou o recorde apurado em junho de 2021, da ordem de US$ 10,4 bilhões. O saldo do mês de março foi 37,7% maior àquele registrado no mesmo mês de 2022, pela média diária.
No período, as exportações totalizaram US$ 33,1 bilhões (aumento de 7,5% comparativamente ao mesmo mês de 2022) e as importações somaram US$ 22,1 bilhões, com uma contração de 3,1% em relação a março do ano passado. Por outro lado, a corrente de comércio (exportações + importações) totalizaram US$ 55,2 bilhões, com um crescimento de 3%
De acordo com os dados divulgados pela Secex, em março, as exportações da indústria extrativa registraram uma alta de 20,6% em março, comparativamente com o mesmo mês do ano passado. Por sua vez, a agropecuária cresceu 6,3% no mesmo intervalo de tempo, enquanto a indústria de transformação avançou 1,6%.
No primeiro trimestre do ano, a balança comercial registrou um superavit de US$ 16,1 bilhões, com uma alta de 29,8% em relação ao mesmo período de 2022. As exportações brasileiras somaram US$ 76,4 bilhões nos três primeiros meses do ano, o maior valor da série histórica. Com um total de US$ 136,8 bilhões, a corrente de comércio também alcançou uma cifra recorde da série histórica.
Ao apresentar os dados da balança comercial, o diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que é esperada uma pequena queda de 2,8% nas exportações em 2023, para US$ 325 bilhões. Já as importações devem cair 11,8%, para US$ 241 bilhões. Com isso, o MDIC projeta um saldo comercial de US$ 8 6 bilhões para 2023, resultado que, se concretizado, será o melhor já registrado na história do comércio exterior brasileiro.
Fonte: Site Comex do Brasil